A B O R T O

DIGA  NÃO!


Enfoque da Doutrina Espírita

Aborto Delituoso

Doloroso Crime

Infortúnio Materno

Assustador

Seara de Ódio


 

Qual o primeiro de todos os direitos naturais do homem?

R. O de viver. Por isso é que ninguém tem o direito de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal (*)

(*) Questão 880 de "O Livro dos Espíritos"

 

 


Em face do desenvolvimento da Ciência, facilmente se comprova o início da vida humana desde o momento da concepção no ventre materno, e não somente quando ocorre o nascimento, como afirmam muitos.

 

Constitui-se em grave comprometimento com as leis divinas a provocação do aborto em qualquer fase da gravidez, uma vez que tal iniciativa impede que o Espírito, já ligado ao embrião, renasça no corpo físico que lhe servirá como instrumento de progresso.

 

O Movimento Espírita posiciona-se contrário aos projetos de revisão da legislação que visam à legalização do aborto em nosso país.

 

Fonte: Livreto editado pela FEB - Federação Espírita Brasileira.


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enfoque da Doutrina Espírita

 


Questão 357 - Que conseqüências tem para o Espírito o aborto?

R - É uma existência nulificada e que ele terá que recomeçar.

Questão 358 - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação?

R. Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes dos seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Questão 359 - Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

R. Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.

Fonte: Livro dos Espíritos

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aborto Delituoso

 

(Emmanuel)


 

Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião pública.

 

Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

 

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...

 

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticado na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

 

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

 

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

 

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

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Homens na Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

 

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomastes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

 

Fonte: "Religião dos Espíritos", psicografado por Francisco C. Xavier

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Doloroso Crime

 

André Luiz


 

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- E o aborto provocado, Assistente? - inquiriu Hilário, sumamente interessado - Diante da  circunspecção com que a sua palavra reveste o assunto, é de se presumir seja ele falta grave...

 

- Falta grave?! Será melhor dizer doloroso crime. Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alterações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. É então, que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, porque, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remorso, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais.

- E como se recuperará dos lamentáveis acidentes dessa ordem?

 

O assistente pensou por momentos rápidos e acrescentou:

 

- Imaginem vocês a matriz mutilada ou deformada, na mesa da cerâmica. Decerto que o oleiro não se utilizará dela para a modelagem de vaso nobre, mas aproveitar-lhe-á o concurso em experimentos de segunda e terceira classe... A mulher que corrompeu voluntariamente o seu centro genésico receberá no futuro almas que viciaram a forma que lhes é peculiar, e será mãe de criminosos e suicidas, no campo da reencarnação, regenerando as energias sutis do perispírito, através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará reconquistando ao preço de sofrimento e trabalho justos.

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Fonte: Ação e Reação, psicografia de Francisco C. Xavier.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Infortúnio Materno

 

Irmão X


 

Em pleno hospital da Espiritualidade, pobre criatura estendeu-nos o olhar suplicante e rogou:

 

- O senhor consegue escrever para a Terra?

 

- Quando o permitem - repliquei entre pesaroso e assombrado.

 

Quem era aquela mulher que me interpelava desse modo?

 

A fisionomia escaveirada exibia recordações da morte. A face inundada de pranto tinha esgares de angústia e as mãos esqueléticas e entrefechadas davam a idéia de garras em forma de conchas.

 

Dante não conseguiria trazer do Inferno imagem mais desolada de sofrimento e terror.

 

- Escreva, escreva! - repetia chorando.

 

- Mas escrever a quem?

 

- Às mulheres... -  clamou a infeliz. - Rogue-lhes não fujam da maternidade nobre e digna... peço não façam do casamento uma estação de egoísmo e ociosidade...

 

Os soluços a lhe rebentarem do peito induziam-nos a doloroso constrangimento.

 

E a infeliz contou em lágrimas:

 

- Estive na Terra, durante quase meio século... Tomei corpo entre os homens, após entender-me com um amigo dileto que seguiu, antes de mim, no rumo da arena carnal, onde me recebeu nos braços de esposo devotado e fiel. Com assentimento dos instrutores, cuja bondade nos obtivera o retorno à escola física, comprometemo-nos a recolher oito filhinhos, oito corações de nosso próprio passado espiritual, que por nossa culpa direta e indireta jaziam nas furnas da crueldade e da indisciplina... Cabia-nos acolhe-los carinhosamente, renovando-lhes o espírito, ao hálito de nosso amor... Suportar-lhes-íamos as falhas renascentes, corrigindo-as pouco a pouco, ao preço de nossos exemplos de bondade e renúncia... Nós mesmos solicitáramos semelhante serviço... Para alcançar mais altos níveis de evolução, suplicamos a prova reparadora... Saberíamos morrer gradativamente no sacrifício pessoal, para que os associados de nossos erros diante da Lei Divina recuperassem a noção da dignidade.

 

A triste narradora fez longa pausa que não ousamos interromper e continuou:

 

- Entretanto, casando-me com Cláudio, o amigo a que me reportei, fui mãe de um filhinho, cujo nascimento não pude evitar...

 

Paulo, o nosso primogênito, era uma pérola tenra em nossas mãos... Despertava em meu ser comoções que o verbo humano não consegue reproduzir... Ainda assim, acovardada perante a luta, por mais me advertisse o esposo abençoado, transmitindo avisos e apelos da Vida Superior, detestei a maternidade, asilando-me no prazer... Cláudio era compelido a gastar largas somas para satisfazer-me nos caprichos da moda... Mas a frivolidade social não era o meu crime... Nas reuniões mundanas mais aparentemente vazias pode a alma aprender muito quando resolve servir ao bem... Cristalizada, contudo, na preguiça, qual flor inútil a viver no luxo dourado, por doze vezes pratiquei o aborto confesso... Surda, aos ditames da consciência que me ordenava o apostolado maternal, expulsei de mim os antigos laços que em outro tempo se acumpliciavam comigo na delinqüência, assassinando as horas de trabalho que o Senhor me havia facultado no campo feminino... E, após vinte anos de teimosia delituosa, ante o auxílio constante que me era conferido pelo Amparo Celestial, nossos Benfeitores permitiram, para minha edificação, fosse eu entregue aos resultados de minha própria escolha... Enlaçada magneticamente àqueles que a Divina Bondade me restituiria por filhos ao coração e aos quais recusei guarida em minha ternura, fui obrigada a tolerar-lhes o assalto invisível, de vez que, seis deles, extremamente revoltados contra a minha ingratidão, converteram-se em perseguidores de minha felicidade doméstica... fatigado de minhas exigências, meu esposo refugiou-se no vício, terminando a existência num suicídio espetacular... Meu filho, ainda jovem, sob a pressão dos perseguidores ocultos que formei para a nossa casa, caiu nas sombras da alienação mental, desencarnando em tormento indescritível num desastre da via pública, e eu... pobre de mim, abordando a madureza, conheci a dolorosa tumoração das próprias entranhas... A veste carnal, como que horrorizada de minha presença, expulsou-me para os domínios da morte, onde me arrastei largo tempo, com todos os meus débitos terrivelmente agravados, sob a flagelação e o achincalhe daqueles a quem podia ter renovado com o bálsamo de meu leite e com a bênção de minha dor...

 

A desditosa enferma enxugou as lágrimas com que nos acordava para violenta emoção e terminou:

 

- Fale de minhas experiências às nossas irmãs casadas e robustas que dispõem de saúde para o doce e santo sacrifício de mãe! Ajude-as a pensar... Que não transformem o matrimônio na estufa de flores inebriantes e improdutivas, cujo perfume envenenado lhes abreviará o passo na direção das trevas... Escreva!... Diga-lhes algo do martírio que espera, além da morte, quantos quiserem ludibriar a vida e matar as horas.

 

A mísera, sustentada por braços amigos, foi conduzida a vasta câmara de repouso e, impressionados com tamanho infortúnio, tentamos cumprir-lhe o desejo e transmitir-lhe a palavra; contudo, apesar do respeito que consagramos à mulher de nosso tempo, cremos que o nosso êxito seria mais seguro se caminhássemos para um cemitério e assoprássemos a mensagem para dentro de cada túmulo.

 

Fonte: Contos e Apólogos, psicografia de Francisco C. Xavier.

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seara de Ódio

 

Irmão X


 

" - Não! não te quero em meus braços! - dizia a jovem mãe, a quem a Lei do Senhor conferira a doce missão da maternidade, para o filho que lhe desabrochava no seio - não me furtarás a beleza! Significas trabalho, renunciação, sofrimento...

 

- Mãe, deixa-me viver!... - suplicava-lhe a criancinha no santuário da consciência p estamos juntos! Dá-me a bênção do corpo! Devo lutar e regenerar-me. Sorverei contigo a taça de suor e lágrimas, procurando redimir-me... Completar-nos-emos. Dá-me arrimo, dar-te-ei alegria. Serei o rebento de teu amor, tanto quanto serás para mim a árvore de luz, em cujos ramos tecerei o meu ninho de paz e de esperança...

 

- Não, não...

 

- Não me abandones!

 

- Expulsar-te-ei.

 

- Piedade, mãe! Não vês que procedemos de longe, alma com alma, coração a coração?

 

- Que importa o passado? Vejo em ti tão somente o intruso, cuja presença não pedi.

 

- Esqueceste, mãe, de que Deus nos reúne? Não me cerres a porta!...

 

- Sou mulher e sou livre. Sufocar-te-ei antes do berço...

 

- Compadece-te de mim!...

 

- Não posso. Sou mocidade e prazer, és perturbação e obstáculo.

 

- Ajuda-me!

 

- Auxiliar-te seria cortar em minha própria carne. Disputo a minha felicidade e a minha leveza feminil...

 

- Mãe, ampara-me! Procuro o serviço de minha restauração...

 

Dia a dia, renovava-se o diálogo sem palavras, até que, quando a criança tentava vir à luz, disse-lhe a mãezinha cega e infortunada, constrangendo-a a beber o fel da frustração:

 

- Toma à sombra de onde vens! Morre! Morre!

 

- Mãe, mãe! Não me mates! Protege-me! Deixa-me viver...

 

- Nunca...

 

- Socorre-me!

 

- Não posso.

 

Duramente repelido, caiu o pobre filho nas trevas da revolta e, no anseio desesperado de preservar o corpo tenro, agarrou-se ao coração dela, que destrambelhado, à maneira de um relógio desconsertado...

 

Ambos, então, ao invés de continuarem na graça da vida, precipitaram-se no despenhadeiro da morte.

 

Desprovidos do invólucro carnal, projetaram-se no Espaço, gritando acusações recíprocas.

 

Achavam-se, porém, imantados um ao outro, pelas cadeias magnéticas de pesados compromissos, arrastando-se por muito tempo, detestando-se e recriminando-se mutuamente...

 

A sementeira da crueldade atraíra a seara de ódio. E a seara de ódio lhes impunha nefasto desequilíbrio.

 

Anos e anos desdobraram-se, sombrios e inquietantes, para os dois, até que, um dia, caridoso Espírito de mulher recordou-se deles em preces de carinho e piedade, como a ofertar-lhes o próprio seio. Ambos responderam, famintos de consolo e renovação, aceitando o generoso abrigo...

 

Envolvidos pela carícia maternal, repousaram enfim.

 

Brando sono pacificou-lhes a mente dolorida.

 

Todavia, quando despertaram de novo na Terra, traziam o estigma do clamoroso débito em que se haviam reunido, reaparecendo, entre os homens, domo duas almas apaixonadas pela carne, disputando o mesmo vaso físico, no triste fenômeno de um corpo único, sustentando duas cabeças."

 

Fonte: Contos e Apólogos, psicografia de Francisco C. Xavier.

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Assustador

 


 

Uma mulher chega apavorada no consultório de seu ginecologista e diz:

-   Doutor, o Sr. terá de me ajudar num problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e estou grávida novamente. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, mas num espaço grande entre um e outro...  

E então o médico perguntou : Muito bem. E o que a senhora quer que eu faça?

A mulher respondeu : Desejo interromper esta gravidez e conto com a sua ajuda.

O médico então pensou um pouco e depois do seu silêncio disse para a mulher :  Acho que tenho um método melhor para solucionar o problema. E é menos perigoso para a senhora.

A mulher sorriu, acreditando que o médico aceitaria seu pedido.

E então ele completou : Veja bem, minha senhora, para não ter de ficar com os dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está em seus braços.. Assim, a senhora poderá descansar para ter o outro, terá um período de descanso até o outro nascer. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro. Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

A mulher apavorou-se e disse : Não doutor! Que horror ! Matar um criança é um crime!.

Também acho minha senhora, mas me pareceu tão convencida disso, que por um momento pensei em ajudá-la. O médico sorriu e, depois de algumas considerações, viu que a sua lição surtira efeito.

Convenceu a mãe que não há menor diferença entre matar a criança que nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.

    O CRIME É EXATAMENTE O MESMO!