P e r g u n t a s   e   R e s p o s t a s

 

01 - Quem pode aplicar o passe?

02 - A higiene pessoal influencia a passe?

03 - O vestuário do passista influencia na tarefa?

04 - Para ser passista é preciso ser vegetariano?

05 - É preciso fazer tratamento de desobsessão antes de ingressar na tarefa?

06 - Estou fazendo uso de remédios. Posso ser passista?

07 - E se o passista estiver doente?

08 - A ingestão de carne influencia na tarefa do passe?

09 - Posso dar passe de estômago cheio?

10 - Estou cheio de preocupações. Posso dar o passe assim mesmo?

11 - Sou fumante. Posso ser passista?

12 - Faço uso de bebidas alcoólicas. Posso ser passista?

13 - Faço uso de drogas e tóxicos. Posso ser passista?

14 - Qual o número máximo de passes que posso dar em cada tarefa?

15 - Quantas vezes por semana posso participar da tarefa do passe?

16 - Sou médium ostensivo e participo de reuniões mediúnicas. 
          Posso dar passes?

17 - Minha vida é muito corrida e agitada. Posso ser passista?

18 - Para ser passista, qual o sexo mais adequado?

 

19 - A vida sexual do passista influencia em seu desempenho na tarefa?

20 - Qual é a conduta ideal do passista?

21 - Quero ser passista. Preciso ser santo?

22 - O passista precisa se preparar ao longo do dia para dar o passe?

23 - O passista deve estudar sempre?

24 - O passista é médium?

25 - O passista absorve os fluídos negativos dos pacientes?

26 - Posso dar passe fora do centro espírita?

27 - Devo dar conselhos durante a aplicação do passe?

28 - Devo receitar durante a tarefa do passe?

29 - Posso prometer a cura a alguém?

30 - Posso dar passe mediunizado?

31 - Posso dar passe com qualquer roupa?

32 - Posso tocar no paciente?

33 - Os olhos devem ficar abertos ou fechados?

34 - Senti tonturas durante a aplicação do passe. O que aconteceu?

35 - O que o passista deve pensar na hora do passe?

36 - Devo dar passe descalço?

37 - Tenho problemas com o paciente que acabou de se sentar à minha frente. Devo dar o passe?

38 - O que é necessário para ser um bom passista?


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

01 - Quem pode aplicar o passe?

Todas as pessoas sadias, poderiam, em princípio, aplicar o passe. Todas possuem fluidos, em várias gradações, naturalmente, que podem ser mobilizados pelo amor na direção do semelhante que sofre. Mas para efetivamente nos qualificarmos como bons servidores do passe, precisamos muito esforço, muita vontade ativa, muita disciplina para irmos adquirindo certas condições mínimas, como por exemplo: ter grande domínio de si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino. (Cap. 19 do livro Missionários da Luz, de André Luiz)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

02 - A higiene pessoal influencia no passe?

Sim. Podemos destacar duas razões básicas:

1. - Os desequilíbrios a que submetemos o corpo físico são refletivos nos outros corpos do indivíduo, contribuindo para a piora dos fluídos que formam tais corpos. Sendo esses fluídos doados no momento da fluidoterapia (do passe), é natural esperarmos que tal parcela deletéria seja também transferida ao paciente.

2. - Tanto o passista quanto o paciente necessitam de concentração mental para que se alcance maior eficácia. A falta de higiene provoca muitas vezes odores fétidos que desarticulam a capacidade de concentração, afetando inclusive quem esteja localizado no mesmo ambiente físico, prejudicando a todos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

03 - O vestuário do passista influencia na tarefa?

Sim. A grande maioria das pessoas encarnadas ainda enfrenta problemas relacionados à área sexual. Nesse sentido, muitas vezes o uso de roupas mais curtas e justas funciona como catalisador de pensamentos abusivos que destoam completamente da serenidade requerida na câmara do passe. Tendo em vista esse problema comum, não só o passista ou o paciente, mas qualquer um de nós deverá observar com cautela o vestuário a ser utilizado no dia a dia, lembrando sempre que "o equilíbrio está no meio".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

04 - Para ser médium passista é preciso ser vegetariano?

Não. Conforme a questão 723 de O Livro dos Espíritos, "permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que não lhe prejudique a saúde".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

05 - O médium passista precisa fazer tratamento de desobsessão antes de ingressar na tarefa?

Não. Freqüentemente a falta de trabalho em benefício do semelhante é o ponto de apoio da variada gama de processos obsessivos. Em relação ao passista, apenas os casos de subjugação deverão merecer tratamento antecipado.

(Livro dos Médiuns, item 240, cap. 23)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

06 - Estou fazendo uso de remédios. Posso atuar como médium passista?

Depende. Há medicamentos que podem ser chamados "simples", tais como remédios contra dor de cabeça, cólicas, resfriados e coisas afins. Sabemos ser provável que parcela sutilizada do remédio venha a se agrupar aos fluídos dos médiuns passistas, podendo parte desta ser posteriormente transferida para o paciente. Há casos raros na literatura espírita relacionada aos passes que acusam esses fatos. No entanto, mesmo que a transferência ocorra, cremos que para os remédios ditos "simples" a parcela transferida chega a ser desprezível. O único problema aqui encontrado é a classificação exata de um remédio como sendo "simples" ou não. Na dúvida, talvez o melhor seja abster-se de participar da tarefa pelo período de uso do remédio. No rol dos medicamentos impeditivos da participação na tarefa, caso o médium passista os use, estão enquadrados todos aqueles que afetem o Sistema Nervoso Central.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

07 - E se o médium passista estiver doente?

Em geral um organismo adoentado apresenta maior dispêndio de energia para sua manutenção e/ou maior dificuldade em absorção desta. Excetuando-se os casos em que as observações acima não se verifiquem, tal como ocorre em algumas doenças que acompanham o indivíduo durante toda a vida, o médium passista deverá se afastar da tarefa até o restabelecimento adequado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

08 - A ingestão de carne influencia na tarefa do passe?

Sim. Embora o médium passista não precise ser obrigatoriamente vegetariano, encarando o passe como recurso terapêutico físico e espiritual, geralmente utilizado quando apresentamos indisposições de variada ordem, é útil abstermo-nos de alimentos mais pesados, tal qual fazemos quando em tratamentos médicos convencionais. A alimentação do médium passista afeta os fluídos que este doará no momento do passe. Conforme consta na questão 724 de "O Livro dos Espíritos", a abstinência de carne será meritória se a praticarmos em benefício dos outros. Tendo em mente o benefício do próximo, cumpre-nos preferir a alimentação vegetariana pelo menos no dia exato da tarefa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

09 - Posso ministrar o passe de estômago cheio?

Via de regra, quanto menor a atividade orgânica, melhor possibilidade de contato com o plano espiritual encontrará o Espírito. Tanto quanto possível, tanto o médium passista quanto o paciente, deverão se apresentar à tarefa apenas levemente alimentados.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

10 - Estou cheio de preocupações. Posso ministrar o passe assim mesmo?

Se o médium passista já aprendeu que amparar o semelhante é a melhor forma de auxiliar a si mesmo, compreenderá que principalmente nesses casos sua presença se faz mais útil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

11 - Sou fumante. Posso ser médium passista?

O ideal é que ninguém seja fumante. No entanto, o bom não poderá ser inimigo do ótimo. Pessoas que ainda se utilizam do cigarro, mas estejam se esforçando continuamente para abolir o vício, encontrarão na aquisição de responsabilidade como médiuns passistas maior motivação para absterem-se do fumo, desde que enquanto ainda fumem procurem não fazer uso do cigarro pelo menos três a quatro horas antes da tarefa. Aos companheiros que não estão interessados no combate às próprias deficiências, preferível é que se esforcem primeiramente por convencer a si mesmos do imperativo da mudança de hábito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

12 - Faço uso de bebidas alcoólicas. Posso ser médium passista?

Relativamente às bebidas alcoólicas, deverá o médium passista esforçar-se por discernir adequadamente entre o uso e o abuso. Em caso de abuso, recomenda-se que o médium passista não participe da tarefa do passe nos próximos quatro ou cinco dias, de forma a alijar o máximo possível os fluídos deletérios contraídos pelo excesso praticado. Em situações normais, recomenda-se que particularmente no dia da tarefa o médium passista não faça uso de qualquer tipo de bebida alcoólica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

13 - Faço uso de drogas ou tóxicos. Posso ser médium passista?

Não. O usuário de tóxicos não deverá participar de tarefas de doação de fluídos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

14 - Qual o número de passes que posso dar em cada tarefa?

Esta questão tem causado muita polêmica. À guisa de sugestão, vamos analisar as duas colocações a seguir:

1. - O passe misto, também chamado de passe espírita, praticado na maioria das casas espíritas, leva em conta a doação de energia tanto por parte do Espírito responsável pelo passe, como do médium passista. Assim, o desgaste energético por parte do médium passista não pode ser desprezado;

2. - É sempre importante criarmos oportunidades de trabalho para os interessados, dentro da casa espírita. Assim, se há número de médiuns passistas maior que o recomendado para a tarefa, é interessante que haja um rodízio destes, a fim de que todos trabalhem.

Com base base nessas duas considerações, cremos ser de responsabilidade do coordenador da tarefa dimensionar o número de passes por médium passista, de forma que todos participem igualmente, evitando a sobrecarga. Em casos excepcionais que requeiram a participação intensa do médium passista em uma ou outra oportunidade, devemos recordar a assertiva de Emmanuel: "a necessidade está acima da razão", sem contudo utilizarmo-nos desta frase para justificar qualquer tipo de abuso de nossa parte, mesmo em se tratando de auxílio ao semelhante. O passe misto, necessariamente, envolve gasto de energia por parte do médium passista. E gasto, obviamente, requer reposição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

15 - Quantas vezes por semana posso participar da tarefa do passe?

Recomenda-se que o médium passista intercale um dia de atividade na tarefa de doação de fluídos com um dia de descanso para a reposição natural dos fluídos. Nesse particular, as reuniões mediúnicas são também consideradas eventos de doação fluídica.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

16 - Sou médium ostensivo e participo de reuniões mediúnicas. Posso dar passes?

Sim, desde que observados os períodos de descanso para a reposição de fluídos. No entanto, como a tarefa do passe não exige qualquer tipo de mediunidade ostensiva, é sempre um gesto de amor dar preferência a tarefeiros que não apresentem os requisitos para o mediunato.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

17 - Minha vida é muito corrida e agitada. Posso ser passista?

Há muitas pessoas que, mesmo com propósitos nobres, abarcam mais responsabilidades do que podem. A tarefa do passe, como outras, exige presença assídua de seus colaboradores, assim como dedicação, sempre que possível, aos estudos para melhoramento individual do passista. Normalmente é preferível não contar com um passista, do que contar com ele apenas raramente. A disciplina é a alavanca do progresso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

18 - Para ser passista, qual é o sexo mais adequado?

Para a tarefa do passe, não há diferenciação entre os sexos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

19 - A vida sexual do médium passista influencia em seu desempenho na tarefa do passe?

Sim, principalmente a vida sexual que está no seu pensamento, pois ele atrai energias positivas ou não, conforme o que se pensa. Assim, o que gravita em nosso redor invariavelmente combina com nossos fluídos com base na lei de afinidade. Esses mesmos fluídos são transferidos posteriormente ao paciente. A grosso modo, recomenda-se que principalmente no dia da tarefa o passista procure manter sua "casa mental" adequadamente limpa e organizada.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

20 - Qual a conduta ideal do passista?

À medida que o passista avança na compreensão da importância da tarefa do passe, ele percebe que o seu bem-estar físico e espiritual não mais representa benefício para si próprio, mas também para todos os companheiros que se utilizam desse recurso terapêutico na casa espírita. Naturalmente, a conduta ideal de qualquer um de nós está descrita no Evangelho de Jesus, cuja interpretação cristalina encontramos atualmente na Doutrina Espírita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

21 - Quero ser passista. Preciso ser "santo"?

Não. O passe é tarefa de amor, recurso terapêutico para as almas. Assim como o lavrador é o primeiro a recolher os benefícios da colheita, o passista pode ser encarado como o indivíduo que mais recebe na tarefa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

22 - O passista precisa se preparar ao longo do dia para dar o passe?

Podemos comparar o passista a um cirurgião. O cirurgião, antes do trabalho, deverá apresentar-se o mais higienizado possível para o desempenho adequado de sua tarefa sem a infecção do paciente. O médium passista deverá higienizar a sua "casa mental" para evitar a contaminação de seus próprios fluídos que serão transferidos ao paciente. Tal higienização só poderá ocorrer com o esforço de se evitar pensamentos incorretos de qualquer tipo, a leitura de publicações inadequadas, a conversa de temas inferiores e absorção de qualquer tipo de idéia nociva aos princípios cristãos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

23 - O passista deve estudar sempre?

Sempre que possível o passista deverá melhorar sua compreensão dos mecanismos do passe pelo estudo e observação. No entanto, o bom desempenho na tarefa do passe não se vincula exclusivamente ao aspecto intelectual, mas principalmente ao amor com que se participa da tarefa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

24 - O passista é médium?

Nas casas espíritas geralmente pratica-se o passe misto. Nesse tipo de passe, o passista atua como mediador entre o Espírito responsável pelo passe e o paciente. Dessa forma, o passista pode ser considerado médium. Kardec chamava a doação de fluídos como uma mediunidade de efeitos físicos e, ao seu médium, de médium curador. Talvez esse nome possa ser muito pretensioso e por isso as denominações mais simples como médium passista ou médium de Fluidoterapia sejam mais adequadas. Com isso elimina-se qualquer confusão com a tarefa levada pelos profissionais da ciência material, médicos, psicólogos, etc. o que pode ser confundido com charlatanismo e até ser enquadrado como crime se feito com receituário (mesmo homeopático) e outras práticas além da imposição de mãos e da vontade de ajudar o próximo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25 - O passista absorve os fluídos negativos dos pacientes?

Na tarefa do passe realizada dentro da casa espírita, com a observância dos critérios de segurança e disciplina conhecidos, a coordenação da tarefa ocorre a nível espiritual, embora se tenha sempre um coordenador encarnado. Assim, é lícito pensar-se que a Espiritualidade procure sempre resguardar os tarefeiros durante o trabalho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

26 - Posso dar passe fora do centro espírita?

Há casas espíritas que possuem equipes de passistas que vão à casa do paciente ou a hospitais. Essas equipes sempre trabalham sob condições de disciplina e de ordem para se garantir a segurança adequada ao desempenho da tarefa. O passista, sozinho, nunca deverá assumir responsabilidades por qualquer tipo de trabalho fora do âmbito da casa que freqüenta, embora, a título de beneficência, em visita a companheiro adoentado, poderá orar por ele, o que na verdade é também um passe, chegando mesmo a aplicar-lhe um passe, somente nos casos em que o próprio doente manifeste o interesse pela aplicação. Mesmo nesses casos, deverá o passista agir com extrema cautela a fim de se evitar inconvenientes tais como manifestações mediúnicas de qualquer parte. Atendimentos a companheiros vinculados a processos obsessivos que envolvam manifestação mediúnica  e que se encontrem impossibilitados de se dirigir à casa espírita nunca deverão ser realizados pessoalmente por qualquer indivíduo, mas apenas por equipe especializada da própria casa espírita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

27 - Devo dar conselhos durante a aplicação do passe?

Não. a tarefa é de aplicação de passes, e não de sugestões e conselhos. Não que os conselhos e as sugestões embasadas na vivência do Evangelho sejam incorretas, mas no momento da tarefa do passe, tal prática não dever ser permitida, por melhor que seja a intenção. Em algumas casas espíritas observa-se a tendência à conversação durante a aplicação do passe, estando o passista muitas vezes mediunizado. Embora tal prática seja adotada nas respeitáveis religiões africanistas, ela não encontra suporte na Doutrina dos Espíritos. O passe misto, praticado nas casas espíritas, exige concentração tanto do paciente como do passista e intercâmbio de idéias apenas a nível mental, e não verbal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

28 - Devo receitar durante a tarefa do passe?

Não. A tarefa do passe não é receituário mediúnico, mas apenas transmissão, por via fluídica, de elementos terapêuticos extremamente sutis ao paciente, que atuam diretamente no perispírito, atuando à semelhança dos compostos homeopáticos, fazendo repercutir seus benefícios inclusive no corpo físico. Tal prática difere completamente do receituário mediúnico, que aliás deve ser utilizado somente com o amplo entendimento das responsabilidades, tanto físicas quanto espirituais, que seu exercício acarreta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

29 - Posso prometer cura a alguém?

Não. Aprendemos com Jesus que a cura somente pertence ao próprio doente que, mercê de Deus, aproveita as oportunidades de progresso espiritual. A promessa de cura, sobretudo endereçada a pessoa realmente doente, excita demasiadamente o psiquismo desta, podendo levá-la a estados muito piores se a melhora não se verifica conforme o prometido. Assim, por mais seja a fé do passista em relação à eficácia do tratamento fluidoterápico, devemos relembrar o mestre lionês, quando diz que "fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face".

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

30 - Posso dar passe mediunizado?

Não. Se todos os companheiros das casas espíritas trabalhassem apenas mediunizados, muito provavelmente os Espíritos não precisariam de nosso concurso inteligente. O estado de consciência plena do passista durante o passe indica que este também participa ativamente do processo de doação, através de seu raciocínio e seu sentimento, doando não somente os fluidos animais necessários ao transporte e à absorção dos elementos por parte do paciente, mas também de sua ideação nobre que irá impressionar positivamente os fluidos a serem transmitidos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

31 - Posso dar o passe com qualquer roupa?

Não há regra. Entretanto, recomenda-se que o passista vista-se de forma confortável, para que não venha a sentir incômodo durante a tarefa, podendo atingir seu término com tranqüilidade. Deve-se evitar o uso de roupas espalhafatosas, o que poderá ocasionar pensamentos de estranheza em uns, assim como a crítica em outros, desviando os pensamentos do campo nobre de ilações que a tarefa exige. essencial também não abusar de decotes, roupas muito justas, curtas, e coisas afins que, naturalmente, possam gerar pensamentos libidinosos nas outras pessoas. De maneira geral, todos nós ainda temos vinculações no campo da sexualidade mal direcionada. E por fim, sugere-se que os passistas não façam uso de colares, pulseiras ou qualquer outro objeto que faça barulho durante a tarefa, para evitar-se desviar a atenção de outros co-participantes.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

32 - Posso tocar no paciente?

O toque denota, essencialmente, intimidade. Por mais bela e pura que seja a relação entre passista e paciente, deve-se evitar o toque dentro do ambiente da casa espírita, como forma de respeito aos outros companheiros, em relação à unidade de trabalho que deve haver dentro da casa espírita. Quando participamos de qualquer tarefa dessa natureza, não podemos agir da maneira que queremos, mas submeter-nos às orientações da casa. Nunca é pouco ressaltar que a ordem e a disciplina presidem o progresso. No que diz respeito ao toque em pessoa que não se conhece, a situação se complica ainda mais. É possível que o paciente se assuste, e com maior intensidade se este for do sexo feminino. Em qualquer trabalho, principalmente com o público, o cuidado deve ser redobrado. Imagine a seguinte situação: determinado companheiro vai ao centro espírita pela primeira vez; encontra-se amedrontado; indicam-lhe a sala de passes; ele observa a escuridão, o silêncio, e estes lhe causam estranheza maior; na sua vez, senta-se e olhos arregalados, enxergando com deficiência; subitamente o passista à sua frente põe a mão em seus ombros; talvez esse companheiro não volte àquela ou a qualquer outra casa espírita, ou talvez saia correndo. Embora o caráter cômico da narrativa, observamos que tal fato já ocorreu mais de uma vez. Não é demérito algum para o Espiritismo reconhecermos que, em virtude da ignorância, muitas pessoas ainda de amedrontam quando passam em frente a uma casa espírita.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

33 - Os olhos devem ficar abertos ou fechados?

Em geral, abertos. Particularmente os passistas que se servem de movimentos para a aplicação do passe não poderão agir de olhos fechados, sob pena de virem a colidir com outro passista também em movimento, ou até mesmo com o próprio paciente. Além, é claro, dos inconvenientes trazidos pelo toque indesejado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

34 - Senti tonturas durante a aplicação do passe. O que aconteceu?

Os fluídos são a base da manifestação mediúnica. Determinados companheiros que tenham ostensividade mediúnica podem tender para o estado sonambúlico em ambientes de grande reserva fluídica. A tontura, muitas vezes, indica o limiar entre os estados de vigília e sonambúlico. Sendo fenômeno natural, pode ser coibido pelo passista com a devida educação da mediunidade. Quando ocorrer, deve-se, sem alarde, informar ao coordenador da tarefa, para que, se possível, substitua-se o passista em questão, até o restabelecimento adequado, que geralmente ocorre em alguns minutos. Costuma-se recomendar que o passista tome um pouco de ar, procure relaxar o orar rogando aos benfeitores espirituais que o auxiliem. Tal fato não é, definitivamente, motivo para que qualquer companheiro se afaste da tarefa do passe.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

35 - O que o passista deve pensar na hora do passe?

O passista deve orar continuamente durante a tarefa. O pensamento bem direcionado é essencial para o desempenho da tarefa. Assim, quanto mais se estudam os mecanismos do passe, maior capacidade de orientação de sua força mental terá o passista. Embora não haja regra sobre "o que pensar", observa-se que muitos companheiros mais afinizados com o estudo imaginam correntes magnéticas luminosas entrando e saindo pelos centros vitais do paciente, outros projetam na tela mental a figura de Jesus, e ainda outros imaginam descargas enormes de fluidos saindo das pontas de seus dedos, dos olhos, ou de todo o corpo. Seja qual for a ideação, esta sempre deverá ser nobre, além de ser alimentada pela crença profunda do passista na eficácia da aplicação, embora, como já foi mencionado, o passista não tenha autoridade suficiente para garantir cura a qualquer pessoa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

36 - Devo das passe descalço?

Não há regra. Porém, dentro da casa espírita, preferível é apresentar-se convenientemente, ou seja, com vestuário adequado e sapatos confortáveis, que não causarão incômodos durante a tarefa. Dar passes descalço traz sérios inconvenientes, que variam da estranheza de se ver uma pessoa descalça dentro da câmara de passes, até o desconforto nasal que os companheiros possam vir a sentir. Além disso, o passista não é mais eficaz por estar descalço.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

37 - Tenho problemas com o paciente que acabou de se sentar à minha frente. Devo dar o passe?

Sim. Devemos entender tal fato como oportunidade de se perdoar, entendendo que um "inimigo" é sempre um amigo perdido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

38 - O que é necessário para ser um bom passista?

Allan Kardec nos instrui a respeito: "A primeira condição para isto é trabalhar em sua própria depuração (moral e ética), a fim de não alterar os fluidos salutares que está encarregado de transmitir. Esta condição não poderia ser executada sem o mais completo desinteresse material e moral. O primeiro é o mais fácil, e o segundo é o mais raro, porque o orgulho e o egoísmo são sentimentos difíceis de se extirpar, e porque várias causas contribuem para os superexcitar nos médiuns" - (Allan Kardec - Revista Espírita, Novembro, 1866).