O que é
O Passe Espírita, ou Fluidoterapia, como é também
conhecido, é uma transfusão de uma certa quantidade de
energias fluídicas vitais (psíquicas) ou espirituais,
utilizando-se a imposição das mãos,
com o propósito de atuar em nível perispiritual, usada e
ensinada por Jesus, como se vê nos Evangelhos. Origina-se das
práticas de cura do Cristianismo Primitivo.
Há
pessoas (médiuns passistas) que tem uma capacidade maior de
absorção e armazenamento dessas energias que emanam do Fluido
Cósmico Universal e da própria intimidade do Espírito. Tal
capacidade as coloca em condições de transmitirem essas
energias a outras criaturas que eventualmente estejam
necessitando. A aglutinação dessa força se faz
automaticamente e também, atendendo ao apelo do médium
passista (prece) que então municiado dessa carga, transmite de
suas mãos em discretos movimentos.
|
B
r e v e h i s t ó r i c o:
Desde
as origens da vida humana na Terra encontramos os ritos de
aplicação dos passes, não raro acompanhados de rituais, como
o sopro, a fricção das mãos, a aplicação de saliva e até
mesmo a mistura de saliva e terra para aplicação no doente.
No
próprio Evangelho vemos a descrição da cura de um cego por
Jesus usando essa mistura. Porém Jesus agiu sempre, em seus
atos e em sujas práticas, de maneira anti-ritual, de maneira
que essas descrições, feitas entre quarenta e oitenta anos após
a sua morte, podem ser apenas influências de costumes
religiosos da época. Todo o ensino de Jesus visava afastar os
homens das superstições vigentes no tempo. Essas incoerências
históricas, como advertiu Kardec, não podem provir dele, mas
dos evangelistas. Caso contrário Jesus teria procedido de
maneira incoerente no tocante aos seus ensinos e aos seus
exemplos, o que seria absurdo.
Roque
Jacinto em seu livro "Passe e Passista" informa que a
prática do Passe sempre foi de todos os lugares e de todos os
tempos, externamente revestida das mais variadas fórmulas
e dos mais exóticos ritos, ajustados ao degrau mental de seus
praticantes: nasce o passe no cântico ou evocação dos
selvagens em favor dos enfermos de sua tribo, passando pelas
vias da "benzedura" e das "rezas" de médiuns
naturais, chegando à bênção sacerdotal pelos doentes,
encontradiço na prece maternal em favor de filhos assaltados
pelas dores ou pelas angústias e tribulações, e culmina nos
Templos do Espiritismo Cristão da atualidade, onde foi
incorporado como recurso fundamental para a re-harmonização do
perispírito no curso de diversas provas e explicações e das
mais variadas enfermidades da alma ou do corpo.
...Viajando
nos caminhos evangélicos, encontramos cenas inumeráveis, tanto
do Cristo como de seus discípulos, impondo as mãos sobre os
enfermos e curando-os, falando com os paralíticos e
restabelecendo seus movimentos, olhando para as pessoas
desorientadas e devolvendo-lhes a paz e a esperança, Jesus foi
o mestre, por excelência, nessa arte, e deixou para a
humanidade esse recurso, como herança divina, e a Boa Nova como
disciplinadora dessas forças benfeitoras...
(Miramez)
|
P
a r a q u e s e r v e:
Como
permuta das energias universais, quer entre desencarnados, quer
entre encarnados elege-se por delicado e precioso auxiliar a ser
utilizado no tratamento das doenças de longo curso; nas crises
bruscas e repentinas de dor, no combate às chamadas "doenças-fantasmas",
nas perturbações espirituais transitórias que sofrem as almas
encarnadas, nas enfermidades da mente, no reequilíbrio de si
mesmo, quando o homem está sob o fogo da auto-obsessão, nos
abalos do sistema nervoso...
Por
atuar diretamente sobre o perispírito, ou seja, sobre a
matriz onde se funde o nosso organismo físico e, por
conseguinte, onde se localizam as raízes profundas de nossos
distúrbios somáticos, o passe é o mais importante elemento
para a promoção do equilíbrio perdido ou ainda não
conquistado, sempre que todo e qualquer desajuste se instale ou
se revele.
|
O
b j e t i v o s d o P a s s e:
Em
primeiro lugar o Passe é direcionado para a pessoa ou para o
espírito que carece e procura por esse notável "agente de
cura", o socorro que lhe proporciona o reequilíbrio orgânico,
psíquico, perispiritual e espiritual.
Em
segundo lugar, apesar do socorro fluídico propiciar, quase
sempre, o alívio dos males orgânicos e o reequilíbrio psíquico,
com notáveis conquistas no campo físico e perispiritual, a
cura de qualquer mal não será atingida se as causas desse mal
não forem sanadas. Assim sendo, o assistido necessita de
"evangelhoterapia", submetendo-se aos tratamentos
espirituais que a Casa Espírita vai oferecer e, mais tarde, do
estudo. Nesse sentido, a Fluidoterapia objetiva auxiliá-lo
nessa conquista, na auto-cura, propiciando-lhe o reequilíbrio
transitório, com base no tratamento das causas, até
que ele, por si, tenha meios de combater os efeitos. Através do
reequilíbrio energético, a pessoa aos poucos consegue ter
modificada sua visão, enxergando as mesmas circunstâncias de
maneira diversa. Dessa forma ela consegue modificar a sua vida,
não com uma mudança das situações que o cercam mas com a
mudança de sua ótica em relação a elas.
|
A
T r a n s m i s s ã o d o P a s s e:
O
fluxo energético se mantém e se projeta às custas da vontade
do médium passista, assim como de entidades espirituais
desencarnadas que auxiliam na composição dos fluidos.
A
transmissão do Passe se faz pela vontade que dirige os fluidos
para atingir os fins desejados. Dessa forma, podemos concluir
que a disposição mental de quem aplica o Passe e de quem o
recebe é muito importante.
As
forças fluídicas vitais (psíquicas) dependem do estado de saúde
do médium passista e as espirituais de seu grau de elevação
moral. Assim é que o médium passista deverá estar o mais possível
em equilíbrio orgânico e moral.
Na
transmissão do Passe deve-se evitar condicionamentos que possam
desvirtuar a prática espírita, assim como as encenações e
gesticulações. Todo poder e toda eficácia do Passe dependem
do espírito e não da matéria, da assistência espiritual do médium
passista e não dele mesmo.
As
encenações preparatórias: mãos erguidas ao alto e abertas,
para suposta captação de fluidos pelo passista, mãos abertas
sobre os joelhos, pelo paciente, para melhor assimilação fluídica,
braços e pernas descruzados para impedir a livre passagem dos
fluidos, e assim por diante, sé servem para ridicularizar o
passe, o passista e o paciente.
O
médium passista age somente sob a influência da entidade, não
havendo necessidade de incorporação mediúnica, não precisa
falar, aconselhar ou transmitir mensagens concomitantes ao
passe.
O
passe deve ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces,
repetições de chavões ou orientações a modo de palavras
sacramentais.
Não
há a necessidade do toque, a qualquer pretexto, no assistido. A
transmissão da energia se dá através de aura a aura. O toque
pode causar reações contrárias a boa recepção de fluidos e
criar situações embaraçosas que convém prevenir.
Não
há necessidade de o médium passista receber passe de outro médium
ao final dos trabalhos, a pretexto de revitalização. À medida
que o passista aplica o passe ele automaticamente se recarrega
de fluidos salutares. Poderá haver cansaço físico, mas não
desgaste fluídico se o passista estiver em condições físicas
e espirituais e o trabalho estiver bem orientado.
Evitar
os passes em domicílio para não favorecer comodismo. Em casos
de doença grave ou impossibilidade total do assistido em
comparecer a casa espírita, deverá ser ministrado por uma
pequena equipe, na residência do necessitado, enquanto perdurar
o impedimento.
Deve-se
evitar a prática de dar-se passes em roupas, toalhas, objetos,
fotografias que pertençam ao doente, para que ele seja atendido
à distância.
Deve-se
sempre aliar ao tratamento espiritual, o tratamento médico,
pois os benefícios somar-se-ão em favor do necessitado.
Em
geral, os assistidos tomam os passistas ou trabalhador como
exemplo de elevação. Recomenda-se, então, a tais servidores o
cuidado em sua conduta e conversas, pautando sempre pela elevação
e dignidade.
Será
sempre aconselhável apresentar-se na sala de passes de maneira
mais simples possível, sendo inconveniente jóias, bijuterias,
ou peças quaisquer que o passista ao movimentar-se produzam ruídos,
vestes exageradas impeçam os movimentos, perfumes fortes que,
por serem voláteis, impregnam a câmara de passes modificando a
pré disposição dos que nela penetram.
Não
há necessidade de roupas especiais (uniformes) para a transmissão
do passe, sob o pretexto de higiene e facilitar a transmissão
de energias.
|
M
é d i u n s P a s s i s t a s:
Pondera-se,
por vezes, que a aplicação de passes exige que o homem possua
determinadas qualidades inatas, chegando-se mesmo a confundi-las
com a mediunidade curativa ou com o conhecimento de certas e
determinadas "orações secretas"
Assim,
nem todos poderiam ministrá-lo.
Essas
afirmações trazem uma verdade e um engano ao mesmo tempo.
O
engano está na restrição que se queira criar, selecionando
aqueles que não possuam dons especiais para ser passistas. Na
realidade qualquer pessoa sadia, em princípio, pode aplicá-lo
e o aplica mesmo inconscientemente já que os Mentores Divinos,
na sua tarefa de amparo, nem sempre podem aguardar a perfeição
do intermediário que se lhes oferece para só então exercer
sua bênção regenerativa.
A
verdade está em que o conhecimento do mecanismo do passe e o
aprimoramento moral e espiritual do homem facultam mais eficácia
nos seus efeitos, criando condições básicas no paciente.
Num
sentido geral, ninguém recebe uma graça ou um acréscimo
especial da Misericórdia Divina para ser aqui na Terra, um
passista comum. E no mesmo sentido, ninguém, para essa
atividade normal, traz missão especialíssima.
Por
isso é que, mesmo sem nunca tê-lo praticado, qualquer um de nós,
que repletemos o coração de confiança nos Planos Celestes e
sustentemos pensamentos de amor e humildade, pode ensaiar as
primeiras experiências de transmitir essa maravilhosa força de
saúde e harmonia em favor de nossos semelhantes. E o fato de não
nos julgarmos dignos ou possuídos de suficientes conhecimentos
não nos exime de submeter os nossos semelhantes à ação de
nossos pensamentos. E esse envolvimento natural é uma das fases
embrionárias em que desenvolvemos nossa vontade e que nos
conduzirá, um dia, à condição de passistas espontâneos e
generosos, tão logo nos empreguemos na conquista do Bem.
Para
nos qualificarmos como bons servidores do passe, precisamos
muito esforço, muita vontade ativa, muita disciplina para irmos
adquirindo certas condições mínimas, para sua aplicação.
|
R
e s u l t a d o s d o P a s s e:
Durante
a transmissão do Passe temos um agente transmissor, dotado de
recursos vitais e espirituais (médium passista) e um agente
receptor (assistido, paciente, doente, etc.)
Os
resultados podem ser de três ordens:
-
Benéficos;
-
Maléficos;
-
Nulos.
B
e n é f i c o s
Dependem
do médium passista, que deve estar em condições de transmitir o
Passe:
Dependem
do assistido quando está:
-
receptivo,
em condições de favorecer o recebimento da ajuda, vibrando
mentalmente para melhor absorver os recursos espirituais;
-
disposto
a se melhorar espiritualmente, pois a ajuda do Passe é
passageira e se fixará através de suas modificações íntimas.
M
a l é f i c o s
Dependem
do médium passista quando está:
-
em
estado de saúde precária (fluido vital deficitário)
-
com
o organismo intoxicado (fumo, álcool, drogas, pensamentos
desvirtuados, etc.);
-
em
estado de desequilíbrio espiritual (revolta, vaidade,
orgulho, raiva, desespero, desconfiança, ansiedade, etc.).
Depende
do assistido:
-
quando
suas defesas estão praticamente nulas, não podendo
neutralizar a torrente de fluídos grosseiros que lhe são
transmitidos, visto que, de alguma forma se afiniza com
eles. Quando tais fluidos não são atraídos pelo
assistido, o próprio plano espiritual atuante desintegrará
a carga transmitida pelo médium passista despreparado.
N
u l o s
Depende
do assistido:
-
embora
a ajuda do médium passista, o assistido se coloca em posição
impermeável (descrença, vaidade, aversão, leviandade,
etc.)
|
T
É C N I C A S D E A P L I C A Ç Ã O
D O P A S S E
Há
uma certa discussão mo meio espírita sobre como o passe deveria
ser aplicado. Alguns defendem a tese de que os passes deveriam ser
ministrados movimentando-se as mãos ao redor do corpo do indivíduo,
de modo que as energias espirituais pudessem melhor atingir seus
objetivos de cura. Outros, acham que o ato de apenas impor
as mãos sobre a cabeça de quem vai receber o passe já é
suficiente.
André
Luiz nos informa em "Conduta Espírita" que "o
passe dispensa qualquer recurso espetacular".
José
Herculano Pires, no livro "Mediunidade", diz que "o
passe é tão simples que não se pode fazer nada mais do que dá-lo".
José
Herculano Pires, no livro “Ciência Espírita”, diz que “a
eficácia do passe depende da boa vontade do médium, que se
entrega humildemente à ação dos espíritos, sem perturbá-la
com gesticulações excessivas, limitando-se às que os espíritos
lhe sugerirem no momento. Não temos nenhum conhecimento objetivo
do processo de manipulação dos fluidos pelos espíritos e poderíamos
perturbar-lhes a ação curadora com nossa intervenção
pretensiosa. O médium é instrumento vivo e inteligente da ação
espiritual, mas só deve utilizar a sua inteligência para
compreender o seu papel de doador de fluídos, como se passa no
caso da doação de sangue nos hospitais”.
Allan
Kardec, referindo-se ao assunto na Revista Espírita, em setembro
de 1865, diz aos médiuns que: "Apenas sua ignorância
lhe faz crer na influência desta ou daquela forma. Às vezes,
mesmo, a isto misturam práticas evidentemente supersticiosas, às
quais se deve emprestar o valor que merecem".
O
orientador Odilon, na obra "Do Outro Lado do Espelho"
indagado a respeito das técnicas concernentes ao passe, assim se
expressou: "Obsoletas e desnecessárias. Nenhuma delas
substituirá ou terá maior eficácia que a da imposição das mãos.
O que foge da simplicidade complica, e o que complica não é
Espiritismo".
Perguntado,
em seguida, com referência
aos trabalhos de cura, informou:
-
A transmissão do passe e a magnetização da água, a prece e a
tarefa assistencial são as mais genuínas atividades de cura em
um centro espírita; o que fugir disto - permitam-me a expressão
- é invencionice... Precisamos de espiritualizar a cura e não
materializá-la, como tem sido feito. A cura real do corpo brota
da intimidade celular - se é assim para o corpo, por que não
deveria ser assim para a alma? Todo processo de cura passa pela
renovação do pensamento.
Oficialmente,
a Doutrina Espírita não prescreve uma metodologia para o Passe.
Cada grupo é livre para se posicionar de um modo ou de outro,
desde que sem exageros. A técnica de aplicação do Passe
dever ser a mais simples possível, evitando-se fórmulas,
exageros e gesticulação em torno do paciente. Cada grupo
deve ter o bom senso de trabalhar da forma que achar mais
conveniente desde que dentro de uma fundamentação doutrinária lógica.
O
que é preciso levar em conta é que nenhuma das duas formas de
aplicação do Passe surtirá efeito se o médium não tiver
dentro de si a vontade de ajudar e condições morais salutares
para concretizá-lo. Mesmo que se aplique a melhor metodologia, não
se conseguirão bons resultados se o passista for pessoa de má índole.
A
Título de estudo, estamos citando neste trabalho algumas técnicas
de aplicação de passes citadas por alguns autores e aplicadas em
algumas poucas casas espíritas, uma vez que a sugestão dos seus
criadores não encontrou eco no movimento espírita em geral.
Assim,
defendemos a pureza e a simplicidade doutrinária espírita,
especialmente na aplicação dos passes, que não devem ser
aplicados de modo diferente do que nos ensinou Jesus: "imposição
das mãos", nada mais.
|
Quadros
Demonstrativos das Divisões do Passe:
|
Magnético:
Longitudinal
Rotatório
Transversal
Perpendicular
|
Espiritual
Transmitido pelos espíritos com ou sem a assistência de médiuns
encarnados.
|
Mediúnico
Individual
ação presente por incorporação
Coletivo
ação à distancia por vibrações
|
De
Fluidos
Transversal cruzado
Transversal simples
Longitudinal
Imposição de mãos
|
Sopro
Frio ou Quente
|
À
Distância
Pela mentalização do doente
|
Como
assinalado logo no início deste trabalho, o Passe é uma transfusão
de fluídos do médium curador ou passista para o doente, ação
essa que pode ser exercida também com os fluídos dos espíritos
e da própria Natureza ou meio ambiente.
P
a s s e M a g n é t i c o
É
o passe transmitido pelo médium, fornecendo somente os seus próprios
fluidos, a sua própria força irradiante, porque é feito do
corpo do médium diretamente para o corpo do enfermo, sem que os
fluídos sofram interferência ou modificação. Nesse tipo de
passe normalmente se recebe assistência espiritual. Isso acontece
porque os espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos
de boa vontade, atendem os mais necessitados.
P
a s s e E s p i r i t u a l
É
o passe transmitido pelos espíritos, o que está fora do alcance
de nossa vista material, a uma só pessoa ou a muitas ao mesmo
tempo. No passe espiritual o necessitado não recebe fluídos magnéticos
do médium, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos
superiores, pelo espírito que veio assisti-lo. Pelo fato de não
estar misturado ao fluído animalizado, o passe espiritual é bem
mais limitado que as outras modalidades de passe. Com isso,
pode-se compreender que os resultados conseguidos nas reuniões públicas
de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e
desencarnados, são bem maiores do que aqueles conseguidos em
nossas residências, contando somente com a ajuda do nosso anjo
guardião.
P
a s s e M e d i ú n i c o
É
o passe transmitido pela incorporação do médium. É este o
maior escolho dos médiuns devido à infiltração de mistificações
tanto do médium imprevidente como dos espíritos ignorantes ou
malfazejos. Todo o cuidado é pouco com este tipo de passe.
P
a s s e M i s t o
É
o passe onde se misturam os fluídos do passista com os da
espiritualidade. A combinação é muito maior do que no passe
puramente magnético e seus efeitos bem mais salutares. Este é
o tipo de passe que é aplicado nos centros espíritas,
contando com a ajuda de equipes espirituais que trabalham nessa área,
para ajuda dos necessitados.
Os
benfeitores espirituais comparecem no momento do passe, atendendo
aos encarnados e também ministrando eficiente socorro às
entidades do plano espiritual. Eles agem aumentando, dirigindo e
qualificando nossos fluídos.
P
a s s e C o l e t i v o
Quando a equipe do passe magnético é de pequeno número face à
multidão que o procura, sem qualquer prejuízo para os eventuais
beneficiados, recorre-se ao passe coletivo. Uma vez que o
principal neste processo de ajuda espiritual é a sintonia do
candidato a receber o passe, os próprios espíritos passistas
durante a palestra ministram bênçãos fluídicas a quem estiver
nas condições necessárias para participar na ocorrência deste
fenômeno enquanto beneficiado.
O apoio espiritual prestado com o passe deixa de ser necessário
quando os pensamentos e as atitudes de todos nós tomarem um rumo
predominantemente equilibrado.
P
a s s e à D i s t â n c i a
Em
alguns casos, bem mais raros, pode haver a necessidade de se dar
passes em doentes situados à distância. Para tanto, basta que se
formule uma prece em benefício do doente, idealizando a figura do
doente - se for conhecido - ou, então, imaginar sua figura, no
local indicado e ir lá com o pensamento; com estes elementos, os
Espíritos protetores tomarão a si a assistência do doente,
esteja ele onde estiver.
O
S o p r o
O
tratamento pelo sopro é também conhecido de há muito tempo e
nos tratados de magnetismo se intitula insuflação.
Consiste
em insuflar com a boca, mais ou menos aberta, o hálito humano
sobre as partes doentes, fazendo-o penetrar o mais fundo possível
na área dos tecidos.
O
sopro pode ser quente ou frio, o primeiro quando se aproxima a
boca, aberta, da parte doente, com a simples separação de um
pano poroso, preferencialmente de lã; e o segundo quando se sopra
com os lábios unidos, a certa distância do corpo.
O
sopro quente concentra fluidos e o frio os dispersa.
Condições
básicas para o exercício do passe espírita
Fé;
Amor ao próximo; Disciplina; Vontade; Conhecimento; Equilíbrio
psíquico; Humildade; Devotamento; Abnegação.
"Se
pretendes, pois guardar as vantagens do passe, que em substância,
é ato sublime de fraternidade cristã, purifica o sentimento e o
raciocínio, o coração e o cérebro" - (Espírito Emmanuel,
no livro Segue-me).
|
Q
u a n d o d e v e s e r a p l
i c a d o?
A
variação das condições fluídicas perispirituais de qualquer
criatura viva produz desequilíbrios orgânicos e psicológicos,
que podem dar origem a enfermidades.
Alterações
psicológicas ou traumas orgânicos podem provocar mudanças fluídicas
na camada exterior do perispírito, agravando doenças ou
iniciando estados mórbidos. Daí a importância da terapia energética
dos passes como tratamento, mas principalmente como profilaxia das
enfermidades. Por isso o passe deve ser aplicado regularmente,
desde que seja esclarecido que o procedimento não é obrigatório,
para desvinculá-lo de ritual ou dogma.
|
P
a s s e s n a s c r i a n ç a s:
Os
passes nas crianças deverão ter as mesmas características do
que os Passes nos adultos, apenas com o cuidado de evitar atingir
o centro genésico, sem que isso se torne regra, pois as crianças,
bem o sabemos, são Espíritos reencarnantes e que podem trazer em
gérmen características que ignoramos.
|
Á
g u a F l u i d i f i c a d a:
"E
qualquer que tiver dado só que seja um copo d água fria por ser
meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o
seu galardão".
Matheus
10:42
"Na
Terra ninguém cogita seriamente de conhecer a importância da água
(...) Conhecendo-a mais intimamente, sabemos que a água é veículo
dos mais poderosos para os fluidos de quaisquer natureza. Aqui em
"Nosso Lar" ela é empregada como alimento e como remédio.
Há repartições no Ministério do Auxílio absolutamente
consagrados à manipulação de água pura"
...Compreenderá
que a água como fluido curador absorve, em cada lar, as características
mentais de seus moradores. A água no mundo, não carreia somente
os resíduos do corpo, mas também as expressões de nossa vida
mental, sua corrente não só espalhará bênçãos de vida mas
constituirá um veículo da providência divina, absorvendo as
amarguras, ódios e ansiedades dos homens, lavando-lhes a casa
material e purificando-lhes a atmosfera íntima"
André
Luiz - Nosso Lar - Cap. X
"Quando
Jesus se referiu ao copo de água fria, em seu nome, não se
reportava apenas a compaixão rotineira que sacia a sede comum.
Detinha-se o Mestre no exame de valores espirituais mais
profundos.
(...)
Reconheçamos,
pois, que o Mestre, quando se referiu à água simples, doada em
nome de sua memória, reportava-se ao valor da providência a
benefício da carne e do espírito, sempre que estacionem através
de zonas enfermiças.
Se
desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução
de tuas necessidades fisiopsíquicas ou nos problemas de saúde e
equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água
cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia.
O
orvalho do Plano divino magnetizará o líquido, com raios de bênçãos,
e estará então consagrando o sublime ensinamento do copo de água
pura, abençoado nos Céus".
Emmanuel
Oferecer
um copo de água, com o coração satisfeito na alegria, é o
mesmo que oferecer um medicamento salutar ao pedinte, no entanto
se oferecermos com coração compungido de amargura, o líquido
sagrado se impregnará de fluidos nocivos, conquanto o líquido da
vida absorve as emanações que lhe são direcionadas.
Nesse
particular, ressaltamos a importância dos que servem o cálice de
água nas salas de passes. Seu coração deve ser diferenciado dos
demais, sua alegria em servir, deve exaltar a tarefa, pois esses são
os tarefeiros que, ao estenderem o copo de água ao assistido
complementam com o medicamento transubstanciado, na sala de passes
em gota de água, que coroará a tarefa sublime das curas no
maravilhoso e imenso jardim da Doutrina Espírita.
|
Base
de consulta:
|
Apostila
sobre O Passe do Grupo Espírita Esperança
Apostila do Curso de Fluidoterapia Espiritual da Soc. Est. Espíritas
3 de outubro
Apostila de Pesquisa sobre o Passe da Soc. Espírita Eurípides
Barsanulpho
Site www.consciesp.org.br
Site www.novavoz.org.br
Livro "O Passe" de Rino Curti
Livro "9Passe e Passista" - Roque Jacinto
Livro "Passes e Radiações" - Edgard Armond
|
|